Bunout

18-08-2010 16:52

 Síndrome de Burnout - 

         O termo é inglês e em resumo significa queimado, exaurido, por dentro e por fora...

         Nos meios laborais usamos este termo para definir o estado de estress onde o trabalhador não consegue reagir nos seus afazeres diários, mesmo os mais simples. Se caracteriza pelo estresse crônico vivenciado por profissionais que lidam de forma intensa e constante com as dificuldades e problemas alheios, nas diversas situações de  atendimento.

         Pode acometer qualquer trabalhador em qualquer função, mas, minha preocupação como psicopedagoga é maior com os professores.

         Trabalho especificamente com o ato de aprender e isso está intimamente ligado a duas questões: Por um lado - Como aprendo? E por outro - como sou ensinado?

         A primeira pergunta diz respeito ao aluno e seu desenvolvimento pessoal, já a segunda, diz respeito ao método e ao relacionamento ensino aprendizagem que inclui em suas facetas o seu relacionamento com os professores.

“A síndrome se efetiva e se estabelece no estágio mais avançado do estresse, sendo notada primeiramente pelos colegas de trabalho, depois pelas pessoas atendidas pelo profissional e, em seu estágio mais avançado, pela própria pessoa quando então decide buscar ajuda profissional especializada.”

         O estress em que o professor de hoje é submetido diariamente vão desde questão salarial, do ambiente de trabalho, relacional com alunos, pais, colegas e superiores até a solicitação social de herdar da família a necessidade da educação básica de seus alunos. Sem que entremos no mérito de cada uma delas, haveremos de convir que seja uma carga bastante pesada para os ombros de nossos mestres.

         Alguns (e já são muitos) sucumbem a estes ajustes emocionais, constantes trazendo para si uma grande soma de problemas que vão do emocional ao físico, chegando à exaustão pura e absoluta.

         Notamos esta situação quando vemos um professor que ultrapassou o que entendemos por estress, cansaço, desânimo e a desmotivação com o trabalho, o vemos com problemas físicos como doenças psicossomáticas recorrentes e sintomas diversos como insônia, taquicardia, falta de apetite e outros, até a indiferença com seu trabalho, sentindo-se mal só de pensar em ir para a escola, leva o profissional a faltas frequentes, afastamento temporário das funções e até à aposentadoria, por invalidez.

         Este estress diz respeito somente à área ligada ao trabalho, à escola, em sua vida pessoal todo seque relativamente bem.

Obviamente que toda essa situação interfere em sua maneira de trabalhar, de ensinar, causando uma distorção das relações aluno/professor e ensino/aprendizagem.

         É necessário muita atenção e cuidado para a avaliação e tratamento, pois este quadro requer profissionais especializados, terapeutas sensíveis ao problema e afinados com a devida correção na raiz do problema. O tratamento adequado exige e depende da avaliação correta para diferenciar o quadro da burnout de outras psicalgias como estresse e depressão, por exemplo.

          É possível prevenir e este é o melhor evitar sofrer a doença, do que ter que fazer uso de medicação e várias sessões de psicoterapia.

 

Aprenda a dizer:

“eu não dou conta!”

(pelo menos por agora!).

Os hospitais estão cheios de heróis e

pessoas duronas e você não precisa dar

conta de tudo!

                                                                           Chafic Jbeili

                                                                  Psicanalista e Psicopedagogo